quinta-feira, 3 de março de 2011

É carnaval e mais nada.

Bom dia a todos que estão por aí, mesmo que sejam poucos.
Ontem fui assistir um filme que me deixou meio intrigado: Bruna Surfistinha.
Eu não entendo como uma pessoa saí de sua casa, pega um trânsito alienado, pra chegar ao shopping lotado de turistas bitolados mostrando suas sacolas cheias de abadás para os espertalhões de plantão na porta do shopping, sedentos de uma distração, para assim aventurar um pedido de empréstimo às benditas sacolas.
Mas voltando, chegando lá uma fila enorme para assistir um filme desses, que desperta interesse coletivo de uma sociedade desfigurada.
E que atuação de Débora Secco, hein?
Não sei como o marido dela, consegue aguentar todas piadas sobre o filme. Eu não suportaria, nem por uma Débora ao meu lado.
Pensei em assistir um filme crítico, mas cá pra nós, o filme é um lixo, que ainda assim é patrocinado por multimarcas nacionais e internacionais, no mínimo curioso (?). Será que os clientes dela tem algo a ver com isso?
Procurei ver o filme de um ponto crítico, sabe? Tentar achar algo de interessante pra comentar com os amigos. E ACHEI! Palmas! Achei a atuação do Dentinho (jogador do Corinthians) digna de uma palma e meia, como brincávamos quando criança. Pelo menos isso pra comentar com os amigos. Claro que como homem, não posso deixar de comentar a beleza de Débora no filme, mas isso todos já conhecemos.
Ah, e no fim, voltando pra casa, peguei um engarrafamento de no mínimo 1 hora. Difícil né? Mas pior mesmo, é  estar em pé e ao seu lado ter um cara digno de um dia de trabalho realmente puxado, ao Sol árduo de Salvador. 
Mas lembre-se. HOJE É CARNAVAL EM SALVADOR. Então está tudo certo.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vivendo e (re)aprendendo.



Ó pai, não deixeis que façam de mim, o que da pedra tu fizestes e que a fria luz da razão, não caía o azul da aura que me vestes.
Dai-me leveza nas mãos, fazei de mim um nobre domador. Laçando acordes e versos, dispersos no tempo pro templo do amor.
Que se eu tiver que ficar nú, hei de envolver-me em pura poesia, e dela farei minha casa, minha asa, loucura de cada dia.
Dai-me o silêncio da noite, para ouvir o sapo namorar a lua.
Dai-me direito ao açoite, ao ócio, ao cio e a vadiagem pela rua.
Deixa-me perder a hora, pra ter tempo de encontrar a rima, ver o mundo de dentro pra fora e a beleza que aflora de baixo pra cima.
Ó meu pai, dai-me o direito de dizer coisas sem sentido, de não ter que ser perfeito, pretérito, sujeito, artigo definido.
De me apaixonar todo dia, de ser mais jovem que meu filho e de ir aprendendo com ele a magia de nunca perder o brilho.
Virar os dados do destino, de me contradizer, de não ter metas. Me reinventar ser meu próprio DEUS. VIVER menino, MORRER poeta.