segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vivendo e (re)aprendendo.



Ó pai, não deixeis que façam de mim, o que da pedra tu fizestes e que a fria luz da razão, não caía o azul da aura que me vestes.
Dai-me leveza nas mãos, fazei de mim um nobre domador. Laçando acordes e versos, dispersos no tempo pro templo do amor.
Que se eu tiver que ficar nú, hei de envolver-me em pura poesia, e dela farei minha casa, minha asa, loucura de cada dia.
Dai-me o silêncio da noite, para ouvir o sapo namorar a lua.
Dai-me direito ao açoite, ao ócio, ao cio e a vadiagem pela rua.
Deixa-me perder a hora, pra ter tempo de encontrar a rima, ver o mundo de dentro pra fora e a beleza que aflora de baixo pra cima.
Ó meu pai, dai-me o direito de dizer coisas sem sentido, de não ter que ser perfeito, pretérito, sujeito, artigo definido.
De me apaixonar todo dia, de ser mais jovem que meu filho e de ir aprendendo com ele a magia de nunca perder o brilho.
Virar os dados do destino, de me contradizer, de não ter metas. Me reinventar ser meu próprio DEUS. VIVER menino, MORRER poeta.

3 comentários:

  1. Nossa ameeeei ! meeu moreno poetaa *---*

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  2. Falando sério,
    ainda n tinha visto essa verve a lah Angelo rodrigues..
    ficou muito bom..
    parabéns e seja bem vindo a esse mundo maravilhoso meu grande amigo

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